Fernando Marques conta sobre a Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas

A história da medicina e da odontologia rio-pretense tem uma trajetória de mais de um século de transformações. No início do século 20, a cidade contava com apenas algumas casas de saúde, como a Santa Therezinha, Dr. Fragoso, Dr. Álvaro Réa, Dr. Cenobelino de Barros Serra e Dr. Tevez (que depois foi Casa de Saúde São João).

Em 1925 começa a funcionar a Santa Casa de Misericódia, na rua São Paulo (hoje Fritz Jacobs), e logo em seguida a Casa de Saúde Santa Helena, na esquina da rua Voluntários de São Paulo com a rua Independência. Em 1926, São José do Rio Preto não possuía ainda nem um Posto de Higiene, que funcionava nas dependências da Câmara Municipal, na esquina da Antônio Olympio (hoje Voluntários de São Paulo, esquina com a rua Siqueira Campos, onde é hoje o Edifício Ipesp.
 

Ali, alguns cirurgiões dentistas atendiam a população mais carente da cidade. Segundo o histórico “Álbum Illustrado da Comarca de Rio Preto – 1927 - 1929”, a cidade tinha na época apenas 20 médicos e 13 consultórios dentários na cidade: Raul Silva, na rua Plínio de Godoi (hoje Siqueira Campos); A.B. Sant’Anna, na rua Marechal Deodoro, Bertholdo Vieira da Silva, na rua Antônio Olympio (hoje Voluntários de São Paulo); Claudino Penteado, na rua 7 de Setembro (hoje Delegado Pinto de Toledo); Eduardo Lopes da Silva, na rua General Glicério; Emygdio Maceno, no Bairro Cemitério Velho (hoje vila Maceno); Frederico Pinto Ferreira Coelho e Guido Moreira, na rua Tiradentes; Galileo Carneiro Pinto e Pinto Ribeiro e Silva, na rua Jorge Tibiriçá; João Carlos do Val, na rua Boa Vista e Oscar Grassman, na rua do Commercio (hoje Coronel Spínola Castro).

Um ano antes, em 1926, o dentista Raul Silva (Sorocaba – 4-7-1887 – São José do Rio Preto 15-10-1955) fundou com outros dentistas a Sociedade Odontológica de São José do Rio Preto. Ela funcionou precariamente e quase que apenas no papel até o início da década de 1950, quando deu-se o início da construção da sua sede, na avenida Bady Bassitt, entre as ruas Marechal Deodoro e Silva Jardim, num terreno foi doado pelo dentista Célio dos Santos.


No início da década de 1970, a sede foi transferida para a avenida Francisco Chagas Oliveira e transformada em Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas, numa área doada pelo prefeito (também dentista) e presidente na época Adail Vettorazzo.

A APCD recebeu a escritura definitiva no governo do prefeito Wilson Romano Calil, dando início à construção da nova sede, sob a direção do dentista Jurandir Ottoboni. Hoje, a APCD se transformou num diretoria regional da instituição Estadual.